quinta-feira, 10 de julho de 2014

Resenha: Sociedade do Medo - A Irmandade Secreta (Pedro Izídio)

Título: Sociedade do Medo
Subtítulo: A Irmandade Secreta
Autor(a): Pedro Izídio
Editora: Independente
Páginas: 244
Ano: 2013
Avaliação: ✭✭✭✭✭

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Sinopse: Não há liberdade sem luta, e para que possamos alcançá-la, precisamos lutar! Ambientado numa época “atemporal” a história remete a um ideal utópico liderado por um sistema autoritário, chamado Hegemonia. As pessoas são submetidas a uma ressocialização disciplinar, onde tramitam os costumes de submissão arcaicos. Há regras, cumpra-as! Quem for contra o sistema, é contra sua própria vida. Segredos virão à tona. Vidas estarão em jogo. O futuro da nação dependerá exclusivamente de seus próprios pertencentes. Não há como burlar o sistema, tampouco, querer derrubá-lo. Então... Aja dentro das leis e será recompensado. Permitir ser uma cobaia do sistema ou lutar secretamente por uma liberdade que nunca desfrutou? Não sabemos... "Você está sob nosso controle, nada que fizer o tirará daqui". 

O dia estava perfeitamente normal, assim como deveria ser. O metrô com sua constante circulação de pessoas. Nada mudara. Entretanto, Paulo jamais poderia imaginar que algo muito grande estaria prestes a acontecer com todo o território brasileiro. 
De repente, imensas aeronaves cruzaram o céu, transformando tudo em um intenso holocausto. Soldados atacavam os cidadãos, destruíam moradias e num piscar de olhos, Paulo e seus amigos estavam escondidos atrás da parede falsa de sua casa tentando raciocinar o que acabara de acontecer com a cidade. 
Com o decorrer do livro, podemos perceber o quanto as personagens amadurecem fisicamente e mentalmente, transformando-os em verdadeiros guerreiros. Pedro Izídio consegue colocar a realidade brasileira em um livro aparentemente de ficção, todavia representa nada além que a pura verdade. Somos escravos da sociedade norte-americana, queremos ser tanto como eles, que um dia simplesmente não teremos mais nenhuma identidade nacional. O livro também traz, de uma forma oculta, o quanto nós somos manipulados pelo governo e impedidos de utilizar a "massa cinzenta", não possuímos autonomia para questionar, apenas recebemos ordens e obedecemos. 
Eu tenho orgulho de dizer que eu pude ler uma ficção puramente brasileira, sem qualquer vestígio internacional. É maravilhoso poder ler sobre nosso país e continuar crendo que existem escritores atuais valorizando tanto a nossa cultura.

Resenhado por Luis Felipe Sidnei
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3 comentários:

  1. Eu confesso que sou fã de livros desse estilo. Adoro o caos, pessoas fugindo da guerra..rs. Mas só nos livros é claro. E também acho importante valorizarmos a literatura nacional, enxergar mais o que somos, pois como você disse, somos manipulados, influenciados a consumir tudo que vem de fora, e consequentemente até o leitor busca algo mais estrangeiro no livro. Nomes, cultura.. e etc. Claro que muita da nossa realidade não gostamos e não é orgulho, mas há muitas coisas boas que podem ser aproveitadas quando se conta uma história com cenário brasileiro. Agora.. fiquei muito curiosa pra ler. Já está na minha listinha..rs.

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  2. Luis, muitíssimo boa sua resenha. Devo confessar que fiquei muito (muito!) interessado no livro. Cara, preciso lê-lo.

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